economia

Com expectativa por reforma e com Petrobras, Ibovespa supera os 107 mil pontos

A abertura positiva em Nova York e a aceleração no ritmo de alta das ações da Petrobras impulsionam o Ibovespa, que passou a renovar máximas. Na manhã desta terça-feira, 22, a estatal confirmou reajuste médio de 5% para o GLP P13, o gás de cozinha, nas suas refinarias. Às 11h04, os papéis da estatal avançavam acima de 2,00% (PN) e de 1,50% (ON), influenciados ainda pela valorização acima de 1% do petróleo no exterior.

O Ibovespa subia 0,91%, aos 106.989,04 pontos, após ultrapassar os 107 mil pontos.

Conforme um operador, as ações da companhia “estariam atrasadas” em relação a outros papéis. Além disso, acrescenta, segue a expectativa positiva em relação ao leilão da cessão onerosa no início de novembro, bem como com a estimativa de um resultado “bom” do balanço do terceiro trimestre esta semana.

Ainda, o relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), disse que a votação da reforma da Previdência termina hoje, nem que seja de madrugada.

Entretanto, o investidor segue monitorando a questão da saída do Reino Unido da União Europeia (UE). O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou que se Parlamento atrasar o Brexit até janeiro, será preciso ter eleição geral. E, no Brasil, pairam preocupações acerca da crise no PSL. Nesta manhã, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) nomeou novos vice-líderes na Câmara. A informação é de que todos os vice-líderes nomeados por ele foram notificados pela legenda ontem.

Pouco antes do fechamento deste texto, a Receita Federal informou que a arrecadação somou R$ 113,933 bilhões em setembro, o maior resultado para o mês desde 2014. O dado ficou pouco acima do piso das expectativas, de R$ 113,700 bilhões, cujo teto era de R$ 125,500 bilhões, e veio abaixo da mediana de R$ 118,400 bilhões.

Quanto à Petrobras, a partir de hoje, a estatal passará a cobrar um preço médio de R$ 1.943,34 por tonelada, contra R$ 1.850,84 anteriormente. O ultimo reajuste havia sido feito em 5 de agosto. A alteração foi antecipada ontem pelo Sindicato Nacional das Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás). Com o reajuste, o preço médio do botijão de 13kg nas refinarias passará de R$ 24,06 para R$ 25,26. A Petrobras entrega o GLP para ser envasado pelas distribuidoras.

A estatal também anunciou reajuste no gás industrial, cujo preço médio saltou 3% também a partir de hoje, para R$ 2.009,34 por tonelada. Deste agosto, o produto era vendido por R$ 1.950,8/t nas refinarias da estatal.

Conforme a MCM Consultores, apenas o reajuste do GLP residencial terá impacto direto na taxa de inflação oficial. Ao considerar a premissa de repasse de 35% para o consumidor, o efeito na inflação seria de 0,02 ponto porcentual.

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