economia

Com câmbio favorável, exportador tem maior rentabilidade desde outubro de 2015

A valorização do dólar – que permite ao exportador receber mais, em reais, pelos produtos vendidos ao exterior – levou a rentabilidade das exportações brasileiras ao maior patamar desde outubro de 2015.

Segundo índice mensal calculado pela Funcex, centro de estudos do comércio exterior, a rentabilidade dos produtos embarcados para fora do País subiu 3,1% na passagem de maio para junho. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta foi ainda maior: 13,2%.

No acumulado do primeiro semestre, a rentabilidade das exportações brasileiras foi 7,2% superior à registrada nos seis primeiros meses de 2017. Os ganhos cambiais vêm compensando aumentos no custo de produção não repassados ao preço dos produtos embarcados.

Segundo a Funcex, o efeito cambial foi determinante na rentabilidade apurada em junho porque, se fosse considerada apenas a diferença entre o preço das exportações em dólares e o custo de produção, a margem seria 1,2% menor, na comparação com o mesmo período do ano passado.

De 23 setores que conseguiram ganhar mais com exportações em relação a junho de 2017, 14 só tiveram aumento de rentabilidade porque o dólar se valorizou sobre o real. Nos demais, os ganhos, além da ajuda do câmbio, vieram porque as empresas conseguiram aumentar preços e/ou cortar custos.

No resultado que consolida todas as atividades, o índice de rentabilidade apurado pela Funcex chegou a 94,5 no sexto mês deste ano. É a maior marca desde outubro de 2015, quando o índice foi de 95,9.

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