Curitiba apresentou a maior variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em abril, e que foi divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A capital paranaense apresentou IPCA de 1,23%, principalmente em virtude da variação de 2,52% no grupo Transportes. Isso aconteceu por causa do reajuste médio de 13,64% nas tarifas dos ônibus urbanos, impactando na alta de 2,69% em relação ao mês de março.
Outra alta registrada na capital do Estado foi no grupo Habitação. A variação de 1,43% foi a maior do País, pressionada pela variação de 10,12% na taxa de água e esgoto, que teve um reajuste de 16% a partir de 19 de março. Em relação a Alimentos e Bebidas, a alta foi de 0,98%.
Já em relação a Artigos de Residência, a capital registrou alta de 0,60%. No Vestuário o aumento em abril chegou a 1,68%. Com Saúde e Cuidados Pessoais, a variação chegou a 0,64; e 0,88% com Despesas Pessoais. Os dois únicos itens em que foram observadas quedas são Educação (0,04%) e Comunicação (0,20%).
Com a variação do IPCA em abril, Curitiba também apresenta o maior índice no acumulado do ano. Nos quatro primeiros meses do ano, a capital registra alta de 4,03%. Em seguida vem São Paulo, com 3,49%, e Belo Horizonte, com 3,27%.
O IPCA nacional de abril teve variação de 0,77%, muito próxima da taxa de março (0,79%). O acumulado em 2011 está em 3,23%, 0,58 ponto percentual acima da taxa relativa a igual período de 2010 (2,65%). Nos últimos 12 meses, o índice situa-se em 6,51%, também acima dos 6,30% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2010 a taxa havia ficado em 0,57%.
Grupos
No geral, a taxa dos alimentos foi de 0,58% em abril ante 0,75% de março, totalizando uma alta de 2,74% nos quatro primeiros meses do ano. Produtos importantes com preços em queda contribuíram para a redução do resultado do grupo no mês, a exemplo do tomate (-18,69%), do açúcar cristal (-2,68%), do arroz (-2,13%) e das carnes (-0,20%), entre outros.
Dentre os alimentos que tiveram aumento em abril, estão a batata inglesa (17,71%), o feijão carioca (9,79%), os ovos (4,41%), o leite pasteurizado (2,66%), a refeição fora do domicílio (1,25%) e o pão francês (0,54%).
Além de alimentação e bebidas, outros quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA mostraram desaceleração na taxa de março para abril.
Maior alta
Transporte, com variação de 1,57%, muito próxima à de 1,56% do mês anterior, continuou sendo o grupo de maior alta. Os preços do etanol, que haviam subido 10,78% em março, atingiram 11,20% em abril, totalizando 31,09% no ano. Com isso, influenciaram o preço da gasolina, que ficou 6,26% mais cara em abril, após 1,97% em março, num total de 9,58% no ano. Juntos, os combustíveis tiveram alta de 6,53% no mês e foram responsáveis por 0,30 ponto percentual do IPCA, sendo 0,05 do etanol e 0,25 da gasolina.
Vestuário ficou com a segunda maior variação entre os grupos: 1,42% em abril, após 0,56% em março. Quase todos os itens apresentaram variações expressivas, destacando-se as roupas infantis, que aumentaram 1,97%.
A seguir veio o grupo saúde e cuidados pessoais, que passou de uma taxa de 0,45% em março para 0,98% em abril. O reajuste médio de 4,77% nos preços de um conjunto de remédios, a partir de 31 de março, resultou em uma variação de 2,41% no IPCA. Em março os preços dos remédios haviam registrado uma taxa de 0,15%.
Já no grupo habitação, que passou de 0,46% em março para 0,77% em abril, as pressões vieram da taxa de água e esgoto (de 0,66% para 1,00%), energia elétrica (de 0,34% para 0,94%), condomínio (de 0,60% para 0,99%) e aluguel residencial (de 0,40% para 0,76%).
Confira os índices de todas as capitais pesquisas em abril:
Curitiba 1,23%
Porto Alegre 1,04%
Goiânia 0,90%
Rio de Janeiro 0,82%
São Paulo 0,79%
Fortaleza 0,64%
Salvador 0,63%
Recife 0,62%
Belo Horizonte 0,50%
Brasília 0,49%
Belém 0,40%
Recife 0,54%
Belém 0,39%