A volatilidade continuou a dar o tom dos negócios no mercado internacional, que manteve-se como principal referência para os negócios com ações na B3 nesta quarta-feira, 7. Em meio às percepções sobre guerra comercial e o ritmo da economia global, o dia foi de alternância de sinais nas bolsas americanas e na brasileira. O Índice Bovespa chegou a cair 1,65% pela manhã, mas ganhou fôlego gradativamente à tarde e fechou em alta de 0,61%, aos 102.782,37 pontos.

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A alta foi puxada essencialmente pelas ações do setor financeiro, que já mostravam desempenho melhor que a média desde cedo, mas ganharam maior impulso à tarde. A melhora da recomendação de compra ações e ADRs de bancos brasileiros promovida pela manhã foi apontada por analistas e operadores como combustível para as ordens de compra. Ao final dos negócios, Itaú Unibanco PN subiu 3,69% e as units do Santander ganharam 2,86%. O Índice Financeiro (IFN) avançou 2,13%, na máxima do dia, muito à frente dos demais índices setoriais da B3.

“As ações do setor financeiro subiram devido à elevação de compra feita pelo Morgan Stanley a Itaú Unibanco, Bradesco e Santander. Então o mercado, que já havia penalizado esses papéis após a divulgação dos balanços, indo em busca de ações que estavam descontadas e não haviam divulgado balanço. Com a recomendação desta quarta, o fluxo voltou para as ações de bancos e houve falta de vendedores”, disse Vitor Miziara, gestor da Criteria Investimentos.

O ganho do Ibovespa só não foi maior devido ao comportamento ainda negativo de ações ligadas a commodities. Os temores relacionados à guerra comercial entre Estados Unidos e China e a possibilidade de uma recessão em níveis globais derrubaram os preços das matérias-primas. O petróleo, que chegou a cair mais de 5%, terminou o dia em queda no patamar dos 2%. Com isso, Petrobras ON e PN perderam 0,95% e 1,08%, nesta ordem.

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Pela manhã, o Ibovespa chegou à mínima de 100.476,12 pontos (-1,65%), alinhado ao mau humor dos mercados globais com os dados fracos da produção industrial da Alemanha e a falta de perspectivas de um acordo comercial entre EUA e China. No início da tarde, o presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, disse que o banco central pode ter de dar mais estímulo do que o definido na semana passada, caso as tensões crescentes no comércio levem a uma desaceleração mais aguda da economia americana.