Cohapar economiza com uso de software aberto

A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) está bastante adiantada no processo de adoção de softwares livres. Depois de migrar seus servidores do sistema imobiliário de softwares proprietários (SCO-Unix e Windows) para o Linux, a Cohapar está instalando a suíte OpenOffice – de livre distribuição – nos desktops na sede da empresa, em Curitiba, e nos doze escritórios regionais localizados no interior do Paraná. A economia obtida com a utilização do OpenOffice na Cohapar foi de R$ 98 mil.

A exemplo da Companhia de Metropolitano de São Paulo (Metrô-SP), a Cohapar roda o OpenOffice em desktops com Windows 98. O Metrô-SP começou a usar as suítes livres em novembro de 1999 com o StarOffice, distribuído gratuitamente pela Sun. Em outubro de 2000, a Sun decidiu abrir o código fonte do StarOffice, que passou a ser conhecido como OpenOffice.

A Cohapar tem cerca de 550 usuários que se conectam à rede. “Destes, aproximadamente 75% utilizam com certa regularidade alguma ferramenta de escritório, na maioria das vezes para elaboração de documentos textos e planilhas eletrônicas”, contabiliza o superintendente de Informática e Informações da Cohapar, Antonio Carlos Morozowski. Os estudos para a utilização do OpenOffice iniciaram-se em meados de 2002 e foram avaliadas duas alternativas -as soluções StarOffice e OpenOffice. “O OpenOffice é mais leve e possui grande compatibilidade com o Microsoft Office e a versão que estamos implantando na Cohapar é o OpenOffice 1.0.1 em português brasileiro”, diz Morozowski.

Atualmente, a Cohapar tem 25 máquinas com o OpenOffice na sede e no início de fevereiro deste ano, o programa foi implantado em mais de 90 estações nos Escritórios Regionais. Algumas dessas estações ainda usam o MS-Office e apenas com o OpenOffice são 76 máquinas entre estações e notebooks. “Pretendemos instalar o OpenOffice em mais 20 estações e cinco notebooks, totalizando 101 equipamentos, em uma primeira fase”, salienta Morozowski.

O choque cultural em função da troca de uma solução proprietária por outra livre foi pequeno e as dificuldades encontradas pelos usuários na utilização do OpenOffice foram poucas na Cohapar. Contudo, duas incompatibilidades importantes aconteceram no processo de migração. “A mala direta do Writer não é compatível com a mala direta do Word e as planilhas do Excel com senha não podem ser abertas com o Calc”, explica.

A equipe da Superintendência de Informática da Cohapar fornece apostilas de cada módulo do OpenOffice e foi realizado um treinamento específico para os encarregados de informática dos Escritórios Regionais. O suporte telefônico foi disponibilizado aos funcionários da Cohapar e nos casos mais complicados, o problema é anotado e o retorno é feito posteriormente. “Nos escritórios regionais, utilizamos a possibilidade de administração remota de computadores e ?capturamos? a tela da estação com problemas e resolvemos as dificuldades juntamente com o usuário”, diz Morozowski.

Sem precisar pagar pelas licenças de software, a Cohapar pode atualizar o OpenOffice continuamente, ao contrário do que acontece com a utilização da suíte proprietária Microsoft Office. 97 e as versões anteriores ou posteriores. “Nada impede que futuramente tenhamos uma versão do OpenOffice exclusivamente para utilização nos órgãos governamentais”, conclui Morozowski.

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