Um dirigente do Banco Central Europeu (BCE) disse hoje que há limites para o programa de relaxamento quantitativo (QE, pela sigla em inglês) na zona do euro e levantou dúvidas sobre se a instituição dispõe de ferramentas para lidar com outra crise.

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Benoît Coeuré, integrante do conselho executivo do BCE, afirmou durante conferência em Lyon, na França, que a Europa está numa fase forte do ciclo econômico, mas poderá estar despreparada quando uma “inevitável” desaceleração vier. Segundo Coeuré, os governos da região têm dívidas elevadas e o BCE poderá não ser capaz de repetir o QE – que envolve vastas compras mensais de ativos – no futuro.

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“Não sabemos como será a próxima crise e não podemos ter certeza se quando a próxima crise atingir a Europa, o BCE conseguirá usar os instrumentos…que lhe permitirão responder da mesma forma que fizemos na crise da zona do euro”, disse Coeuré.

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Coeuré também comentou que há “limites técnicos” para o QE do BCE, porque há menor disponibilidade de ativos na Europa do que nos EUA.

“Não acho que relaxamento quantitativo possa ser um instrumento permanente de política monetária do BCE, simplesmente porque os mercados financeiros não são tão líquidos assim”, disse ele.

De qualquer forma, Coeuré ressaltou que o BCE vai manter a política expansionista por mais algum tempo, depois que concluir suas compras de ativos. Em sua última reunião, o BCE enfatizou que irá manter o tamanho de seu balanço patrimonial por meio do reinvestimento de bônus quando os papéis vencerem.

“Mesmo depois que interrompermos as compras de ativos, haverá uma política de reinvestimento e o tamanho do balanço patrimonial não irá diminuir por muito tempo”, disse Coeuré. Fonte: Dow Jones Newswires.