A decisão de quatro entidades empresariais de abandonar o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) deixou os técnicos que assessoram o conselho perdidos sobre o funcionamento do órgão a partir de agora. A dúvida principal é com relação à representatividade do conselho, já que a lei afirma que a sua formação deve ser tripartite e igualitária.

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Antes da saída das entidades patronais, a bancada dos empresários tinha seis entidades; a dos trabalhadores, seis centrais; e a do governo, seis ministérios. “Obviamente, o conselho agora ficou manco”, comentou um assessor que não quis ser identificado. Na terça-feira, representantes das confederações nacionais da Indústria (CNI), do Comércio (CNC), da Agricultura (CNA) e das Instituições Financeiras (Consif) renunciaram à sua participação no Conselho Deliberativo.

A rebelião das quatro entidades, que participam do Codefat desde a sua criação em 1990, foi uma reação à eleição para o biênio 2009/2010 do presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese. As entidades acusam o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, de ser responsável pela manobra que resultou na eleição de Nese.

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