Chás

Coca-Cola aposta nos produtos Mate Leão

Já está funcionando a fábrica da Coca-Cola em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, que produz a linha de chás Mate Leão. A inauguração aconteceu ontem, com a presença do CEO da The Coca-Cola Company, Muhtar Kent.

No local, será produzida 95% da linha seca de chás (em saquinhos e a granel) da Mate Leão. Os produtos produzidos em Fazenda Rio Grande serão distribuídas para todo o Brasil.

Futuramente, a fábrica também poderá se dedicar aos chás prontos para beber. O investimento na construção da nova unidade chegou a R$ 30 milhões. Esta é a primeira fábrica “verde” da Coca-Cola na América Latina. O desenvolvimento do projeto seguiu conceitos de sustentabilidade e os padrões da certificação Leadership in Energy and Enviromental Design (Leed).

A construção tem os princípios da bioarquitetura, com a economia de energia mediante a utilização de telhas translúcidas. A fábrica ainda possui um telhado verde (com grama), ventilação natural (que permite a redução no uso do ar condicionado) e reaproveitamento da água da chuva (para os banheiros, limpeza e irrigação).

A certificação, caso aprovada, só virá seis meses depois do início da produção. Neste período, serão avaliados os requisitos prometidos e os necessários para conseguir o documento.

A fábrica começou a funcionar na última segunda-feira e o primeiro produto foi o Mate Leão Orgânico a granel. Esta é a novidade da empresa, 100% sustentável e embalagem com material reciclável e que utiliza 90% menos tinta do que o normal.

A nova bebida será comercializada a partir de janeiro de 2010. Ainda não há estimativa de quanto vai custar, mas o preço deve ser um pouco maior do que o restante dos chás.

“No entanto, parte do valor deve ser absorvido pela empresa e outra pelos clientes (supermercados, por exemplo). O processo de produção é mais caro e exige uma limpeza rigorosa das máquinas”, afirma Michel Davidovich, diretor-geral da Mate Leão, empresa adquirida pela Coca-Cola em 2007. Este é o primeiro produto orgânico do sistema Coca-Cola na América Latina.

A empresa vende 50 milhões de litros ao ano de chá pronto para beber e dez milhões  da linha seca (o cálculo é feito com base no uso de 200 ml de água quente para cada saquinho de chá). A fábrica de Fazenda Rio Grande tem capacidade para dobrar a quantidade da linha seca produzida atualmente.

A nova fábrica faz parte dos recentes investimentos da Coca-Cola no Brasil. Entre 2005 e 2009, os investimentos somaram R$ 6 bilhões. Nos próximos cinco anos, a aplicação de recursos vai chegar a R$ 11 bilhões.

“A maior parte do crescimento do sistema Coca-Cola no mundo virá das economias emergentes. Nas economias maduras, o patamar é mais consolidado. Estimamos que há um bilhão de novos consumidores de classe média no planeta. Todo mundo sabe que o Brasil é a bola da vez”, comenta o vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil, Marco Simões. Hoje, o país é o quarto maior consumidor da empresa em todo mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, México e China.

Além disso, o Brasil ainda vai receber dois grandes eventos nos próximos anos: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. Está em fase de finalização o planejamento para atender a esta demanda.

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