A pesquisa CNI/Ibope de junho, divulgada hoje, mostrou que o brasileiro está mais otimista em relação à crise econômica e seus efeitos no País. De acordo com os dados, houve uma queda de 37% para 26% das pessoas que consideravam a crise muito grave. E subiu de 46% para 52% os entrevistados que consideram a crise grave. O porcentual de pessoas que consideram a crise pouco grave subiu de 9% para 13% e outros 9% consideram a crise nada grave, ou não souberam responder.
Também houve um crescimento entre os entrevistados que afirmam que o Brasil está mais preparado para a crise. Eram 39%, em março, e agora são 48%. A pesquisa detectou ainda uma mudança em relação à projeção de consumo. Mais da metade dos entrevistados (53%) afirma que não alterou nem pretende alterar os seus hábitos de consumo. Em março esse porcentual era de 45%.
Houve também um aumento no porcentual de pessoas que apostam que a crise trará poucos prejuízos para o País: 53% disseram que a economia brasileira será pouco prejudicada. Em março eram 44%. Nesta última pesquisa, 30% disseram acreditar que a economia será muito prejudicada, contra 40% em março. Os entrevistados apontaram também o que consideram ser os principais efeitos da crise internacional no País. O primeiro deles foi o aumento no preço dos produtos, seguido de dificuldades para pagar dívidas já contraídas e perda no emprego.
Também há o receio de aumento nas taxas de juros para a compra de eletrodomésticos, carros e motos. Na avaliação sobre as medidas que o governo está tomando para enfrentar a crise, repercutiram bem, segundo a pesquisa, as condições de financiamento para compra de bens como fogão, geladeiras e móveis e os financiamentos para a compra de carros e casa própria.