Os indicadores industriais do mês de março, divulgados hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostram que a atividade fabril continuou a cair em relação ao mesmo período do ano passado, mas na comparação com fevereiro já há sinais de melhora. As vendas reais, que são medidas pelo faturamento da indústria, apresentaram uma elevação de 2,9% em março, em termos dessazonalizados, ante fevereiro, enquanto na comparação com março de 2008 houve uma queda de 1,6%. No primeiro trimestre, o declínio acumulado foi de 7,6% em relação a igual intervalo do ano passado.

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O nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) também registrou crescimento em março ante fevereiro, após cinco meses seguidos de queda na comparação com o mês anterior. O índice passou de 78,2% em fevereiro para 78,7% em março de 2009, também descontados os efeitos sazonais. Em março de 2008, o uso da capacidade instalada na indústria era de 83%.

As horas trabalhadas na produção recuaram pelo segundo mês consecutivo. A queda foi de 0,2% ante fevereiro e de 6,6% ante março de 2008. No acumulado do primeiro trimestre, as horas trabalhadas diminuíram 7,4% em relação ao mesmo período de 2008.

Emprego

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A indústria também fechou postos de trabalho em março pelo quinto mês seguido. O emprego industrial caiu 0,7% em março ante fevereiro e -2,5% na comparação com março do ano passado. No acumulado do primeiro trimestre, a queda foi de 1,4% em relação aos primeiros três meses de 2008.

A massa salarial caiu 1,8% em março ante março de 2008, o que, segundo a CNI, é a primeira queda na comparação com o mesmo mês do ano anterior desde 2007. No acumulado de janeiro a março, houve um leve crescimento de 0,1% ante o primeiro trimestre de 2008. Na comparação com fevereiro, a CNI não divulga o indicador de massa salarial dessazonalizado. Sem descontar os efeitos sazonais, a massa salarial registrou uma alta de 0,3% em março ante fevereiro.

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A CNI destaca no documento que a recuperação das vendas reais e do Nuci em relação a fevereiro não é suficiente para afirmar que há um início de recuperação da atividade industrial. Segundo a entidade, a melhora nos dois indicadores deve-se em grande peso à fraca base de comparação, além do fato da melhora nos dois indicadores não ser acompanhada pelas variáveis de horas trabalhadas e emprego.