A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano de 4 2% para 4,5%. De acordo com o informe conjuntural do segundo trimestre divulgado hoje pela entidade, essa nova estimativa se deve, principalmente, à expectativa de expansão mais forte nos serviços e nos impostos, em especial, sobre produtos importados.
Conforme a previsão da CNI, os serviços devem crescer 4,2%, contribuindo em 2,7 pontos porcentuais na composição do PIB. Já os impostos devem aumentar 6,8% este ano e influenciar com 4,5 pontos porcentuais para a expansão do PIB.
A confederação também destaca o avanço do consumo das famílias que deve subir 5,8% em 2007 e explica três quartos de todo o crescimento econômico. Segundo a CNI, o aumento da demanda vai contribuir em 3,1 pontos porcentuais na composição do PIB deste ano. O consumo do governo deve avançar 4,7% e ter uma participação de 0,9 ponto porcentual na composição do PIB.
A CNI manteve a estimativa de expansão da Formação Bruta de Capital Fixa (FCBF) em 10,5%. Por outro lado, a entidade estima que a indústria deve crescer 4% este ano, abaixo da expansão geral da economia brasileira. Com isso, a participação do PIB industrial na formação do PIB global deve ser de 1,3 ponto porcentual. A indústria de transformação deve ter um crescimento ainda menor, de 3,7%, e a agropecuária deve registrar expansão de 4,5%.
A confederação estima ainda que as exportações devem crescer 5% enquanto as importações podem subir 21%. Com isso, a contribuição líquida do setor externo na formação do PIB de 2007 deve ser negativa em 1,7 ponto porcentual.