A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou hoje uma revisão de suas previsões para os indiciadores econômicos em 2009. A entidade espera crescimento zero do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, o que significa uma melhora em relação à projeção anterior, divulgada em junho, de contração de 0,4% da economia.

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Segundo a CNI, a revisão está ligada ao crescimento do PIB no segundo trimestre, ante o trimestre anterior, puxado principalmente pela expansão do consumo das famílias. Além disso, a CNI considerou o fato de os investimentos terem interrompido o movimento de queda que vinha sendo registrado.

Apesar da melhora na previsão, a CNI piorou sua projeção para o PIB industrial em 2009, para um recuo de 4%. A projeção anterior era de queda de 3,5%. A confederação melhorou de 0,7% para 2,4% a sua previsão para o aumento do consumo das famílias. A entidade espera, no entanto, que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caia 12,8% neste ano, ante uma previsão anterior de queda de 9%.

A expectativa da CNI é de que a taxa de desemprego em 2009 fique em 8,1% da População Economicamente Ativa (PEA). A projeção anterior era de 9%. No caso da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a CNI manteve a projeção em 4,2% para este ano. A confederação também manteve a expectativa de que a taxa nominal de juros esteja em 8,75% ao ano no fim de 2009.

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Superávit

A CNI informou ainda que reduziu de 2,2% do PIB para 1,3% do PIB sua projeção de superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) para 2009. A entidade reduziu sua estimativa também para o déficit nominal, de 2,8% para 3,6% do PIB. No caso da dívida pública líquida, a estimativa é de que ela fique, neste ano, em 44% do PIB. A projeção anterior era de 41,9% do PIB.

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Em relação ao superávit comercial, a CNI revisou para melhor sua projeção, de US$ 21,5 bilhões para US$ 28,5 bilhões. A alta deve-se, segundo explicação da entidade, a uma revisão para baixo da estimativa de importações, que caiu de US$ 130 bilhões para US$ 123 bilhões. Para as exportações, a CNI manteve a projeção de US$ 151,5 bilhões em 2009.