Após a forte expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, o crescimento da economia deve diminuir o ritmo e ficar em 4,5% em 2011, segundo projeção divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, o PIB industrial também deverá crescer a uma taxa de 4,5% no próximo ano, com 5,1% de expansão no consumo das famílias e 13,5% de variação positiva na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – a medida de investimentos.

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Segundo projeção da CNI, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 5% em 2011. A entidade também divulgou a expectativa para a Selic (a taxa básica de juros da economia) de 12% ao ano no fim de 2011. Ou seja, a entidade espera um aumento de 1,25 ponto porcentual no juro básico da economia, atualmente em 10,75% ao ano.

As perspectivas da CNI também incluem uma taxa média de desemprego de 6% em 2011. De acordo com a confederação, a taxa nominal de câmbio deve chegar ao fim de dezembro do próximo ano a R$ 1,70 por dólar. Ainda assim, a CNI estima um crescimento significativo das exportações, que devem chegar a US$ 228 bilhões. No entanto, o dólar baixo deve favorecer as importações, que poderão ter crescimento acelerado, para US$ 224 bilhões, derrubando o saldo comercial brasileiro para apenas US$ 4 bilhões positivos.

Revisão

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A CNI também revisou a projeção para o crescimento do PIB em 2010, de 7,2% para 7,6%. A estimativa anterior havia sido divulgada em setembro. No entanto, a estimativa de crescimento do PIB industrial neste ano recuou de 12,3% para 10,9%. Da mesma forma, a projeção para a inflação medida pelo IPCA em 2010 aumentou de 5,4% para 5,8%.