A Confederação Nacional da Indústria (CNI) cobrou do governo, nesta segunda-feira, 15, que o Plano Nacional de Exportações que será lançado neste mês tenha como uma de suas prioridades o apoio às vendas externas de serviços, com reforço das opções de crédito e garantias para este tipo de operação.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, não pôde participar do seminário “Uma Agenda para Dinamizar a Exportação de Serviços”, nesta manhã em São Paulo, mas seu discurso foi lido pelo diretor de desenvolvimento industrial da entidade, Carlos Eduardo Abijaodi.
O texto diz que o Brasil triplicou as exportações de serviços na última década, mas ainda há muito a melhorar. “É necessário agir urgentemente para aumentar a inserção do Brasil no mundo, com uma agenda que contenha tópicos como acordos comerciais, melhoria da tributação sobre as vendas externas, promoção das exportações de serviços e fomento aos projetos de empresas brasileiras no exterior”, afirmou Andrade no discurso lido.
Ele apontou que a aprovação de crédito para exportação no Brasil leva em média quatro vezes mais tempo do que nos Estados Unidos ou na China, por exemplo. “Foram feitos avanços, mas é preciso manter e aprimorar”, disse o presidente da CNI. Segundo ele, não se pode “andar para trás, retirando incentivos que se mostraram importantes para as exportações e o nível de emprego, especialmente em momentos de crise”.
O presidente da CNI alertou que é preciso repensar a estratégia de integração comercial do Brasil, que apesar de ser a sétima maior economia do mundo, é apenas o 23º colocado no ranking de exportação de bens. Se forem considerados apenas os itens manufaturados, o País ocupa a 30ª posição. “Não existe país rico sem indústria forte e competitiva, inclusive em outros mercados. Precisamos vencer a plena inserção internacional das nossas empresas”, afirmou.