CNI: medidas de estímulo amenizaram queda do PIB

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou que o resultado do PIB do primeiro trimestre do ano refletiu os efeitos do cenário internacional depressivo e incerto, que promoveu uma forte retração do comércio exterior e afetou negativamente as expectativas e a confiança de consumidores e empresários. “No entanto, as medidas de reativação da demanda doméstica, por meio de ações fiscais, tributárias e creditícias no Brasil, contribuíram para reduzir o impacto da demanda, como atesta a menor taxa de queda na comparação com o quarto trimestre do ano passado”, afirmou a CNI, em nota.

Para a entidade, o destaque negativo foi a aceleração do ritmo de queda dos investimentos, que passou de uma redução 9,8%, no quarto trimestre de 2008, para uma retração de12,6% no primeiro trimestre deste ano. A CNI destaca ainda que, se não fosse o crescimento de 0,7% do consumo das famílias e os maiores gastos do governo, no mesmo período, o PIB cairia a taxas ainda mais elevadas.

Com relação ao PIB industrial, que caiu 3,1% no trimestre, a CNI lembra que o desempenho foi melhor que o registrado no quarto trimestre de 2008 (queda de 8,2%). “Esse comportamento indica que, embora o pior tenha ficado para trás, são baixas as chances de crescimento do PIB industrial em 2009”, diz a nota.

A CNI ainda lembrou que o recuo de 0,8% do PIB no primeiro trimestre de 2009 em comparação ao trimestre anterior ficou próximo da estimativa da entidade, que era de queda de 0,5%. A previsão consta do boletim Informe Conjuntural do primeiro trimestre do ano, divulgado em março. A CNI destaca ainda que já tinha previsto, em dezembro do ano passado, o quadro de recessão técnica, ou seja de dois trimestres consecutivos de crescimento negativo do PIB.

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