O uso de recursos próprios das empresas para investimentos em 2013 ficou acima do porcentual planejado, devido à frustração na obtenção de financiamento de fontes do governo. Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), as empresas planejavam usar recursos próprios para cobrir 52% dos investimentos, mas o porcentual verificado ficou em 62,9%. Por parte de bancos oficiais de investimento, a expectativa era de uma participação de 29,1%, mas o uso representou 20,5% do total.
Para 2014, o planejamento das empresas prevê 54,9% de investimentos cobertos com recursos próprios e 27,1% de bancos oficiais de desenvolvimento. “Houve frustração em 2013, especialmente com os bancos oficiais de investimento”, afirmou o gerente-executivo de política econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. Ele destacou ainda que a ausência de recursos de longo prazo para investimento é um fator restritivo.
Sobre os investimentos verificados no ano passado, ele informou ainda que 30,6% tiveram como objetivo maior adequar o processo produtivo e 24% aumentar a capacidade. Para 2014, 26,8% planejam investir em melhoria e 24,7% em ampliação de capacidade. O levantamento da CNI foi realizado com 684 empresas entre 18 de outubro e 25 de novembro do ano passado.
