A sondagem industrial do primeiro trimestre de 2010, divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que, após manter-se praticamente estável em janeiro e fevereiro, a produção industrial cresceu de maneira disseminada em março. O indicador somou 62,9 pontos no mês passado, ante 50,8 pontos em fevereiro. O crescimento do emprego na indústria, segundo a CNI, foi destaque no primeiro trimestre de 2010. O indicador trimestral alcançou 55,5 pontos, o que significa o maior resultado desde o terceiro trimestre de 2004. A sondagem varia de zero a 100 pontos, sendo que valores maiores que 50 indicam crescimento.
Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria ficou em março acima do usual para o mês, de acordo com as respostas dos empresários consultados na sondagem. O indicador ficou em 54 pontos, o que significa um aumento de 5,1 pontos em relação a fevereiro. Segundo a CNI, em janeiro e fevereiro, o Nuci estava abaixo do usual para os respectivos meses.
A CNI informa que a indústria operou, em média, com a capacidade instalada de 74% no primeiro trimestre. O resultado representa queda de 3 pontos porcentuais em relação ao quarto trimestre de 2009 (77%). No primeiro trimestre do ano passado, o Nuci da indústria era de 68%, em função dos efeitos da crise. A CNI destaca que o uso do parque industrial no primeiro trimestre deste ano está apenas 1 ponto porcentual abaixo do mesmo período de 2008 (75%), quando a economia estava aquecida.
Otimismo
A Sondagem Industrial mostra ainda que os empresários continuam com perspectivas positivas em relação à expansão das exportações nos próximos seis meses, mas o otimismo caiu em relação aos meses anteriores. O indicador ficou em 52 pontos em abril, 2,6 pontos abaixo do verificado em março. O levantamento mostra também que as perspectivas em relação à demanda seguem estáveis e num patamar elevado, de 65,7 pontos. A média histórica do indicador de demanda é 58,9 pontos. O resultado, no entanto, apresentou um leve recuo na comparação com março, que foi de 66,1 pontos, mas superou em 17,4 pontos o número de abril de 2009, quando a economia sofria os efeitos da crise econômica.