A despeito da indicação dos negociadores de que o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia não sairá ainda este ano, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que houve avanço nas negociações e espera que as tratativas sejam concluídas o mais rapidamente possível. Em nota, a entidade diz que o esforço final para a formalização do acordo cabe aos europeus, principalmente em eventual concessão na abertura do mercado agrícola e algumas demandas industriais como o regime tributário diferenciado para a exportação – o chamado “drawback”.

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“A indústria brasileira espera ver o acordo implementado o mais rapidamente possível, pois esta ação permitirá ao Brasil entrar na liga das grandes economias do comércio internacional”, cita nota da entidade que acompanha as reuniões entre os blocos na Argentina e também participa dos debates na reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) realizada na capital argentina.

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Para a CNI, o principal chamariz do acordo Mercosul – União Europeia é o acesso a novos mercados para os bens produzidos no Brasil. Segundo a entidade, os atuais acordos de comércio assinados dão aos produtos brasileiros acesso livre a 8% do comércio do mundo. Com o esperado acordo com os europeus, o acesso alcançaria 25% do mercado global.

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“A União Europeia sabe que precisa fazer mais para chegarmos a um acordo nas próximas semanas. Estamos contando com a liderança da comissária europeia do Comércio, Cecilia Malmström, para se concluir essa negociação com sucesso”, disse em nota o diretor de desenvolvimento industrial da CNI, Carlos Abijaodi.