O gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, avaliou nesta quarta-feira, 25, que o aumento dos investimentos é o principal destaque nas novas previsões da entidade para a economia em 2013. “Vamos crescer mais do que no ano passado, mas em um ritmo aquém do ideal. Uma expansão de 2,4% é pouco para atender às necessidades da economia brasileira. Ainda assim, o investimento é um aspecto positivo a se destacar”, afirmou.

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A previsão da CNI de expansão da formação bruta de capital fixo este ano passou 5,1% para 8%. “Essa é a variável que mais expressa a dinâmica de um crescimento sustentável, de melhor qualidade. Investimento crescendo mais que o consumo é uma situação favorável”, acrescentou Castelo Branco. Ele ponderou, no entanto, que a taxa de investimento no País ainda é menor que 20% do PIB, o que deixa o Brasil atrás de outros países em desenvolvimento.

O economista também citou que o déficit comercial de produtos manufaturados continua muito elevado e talvez ultrapasse a marca de US$ 100 bilhões em 2013. “Isso explicita grande parte do vazamento da demanda doméstica para o exterior. O custo de produção no Brasil continua dificultando a colocação dos nossos produtos”, afirmou. Ainda assim, Castelo Branco considerou que a mudança no patamar do câmbio possa ter algum impacto na competitividade dos bens brasileiros. “Mas precisamos de mais algum tempo para que contratos sejam refeitos de forma favorável”, completou.

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