A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou como “acertada” a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa de juros Selic em 11% ao ano. Para a entidade, a decisão é um indicativo de que o período de aumento da taxa de juros chegou ao fim. “O término do ciclo de alta dos juros é necessário para evitar que o custo da redução da inflação recaia preponderantemente sobre o setor produtivo”, afirma a CNI, em nota divulgada nesta noite de quarta-feira, 28.

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A CNI destaca, no entanto, que as sucessivas elevações dos juros desde abril do ano passado foram “insuficientes para colocar a inflação em patamares menores”, lembrando que o IPCA acumulado em 12 meses está em 6,28%.

A avaliação da CNI é que são necessárias outras ações para que a inflação volte ao centro da meta, que é de 4,5%. “Na avaliação da entidade, as iniciativas adotadas na política monetária devem ser complementadas por medidas na área fiscal, para minimizar os efeitos do aumento dos juros sobre a atividade produtiva”, destaca.

Fiesp

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Também em nota divulgada nesta noite de quarta-feira, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ressaltou que a parada no aperto monetário veio depois de uma alta acumulada de 3,75 pontos porcentuais desde abril de 2013. “A manutenção da taxa Selic neste patamar será prejudicial à retomada das atividades”, diz o presidente da federação, Paulo Skaf, na nota. “Indústria, comércio e serviços já sentem a redução do volume de vendas, e nem a proximidade do início da Copa traz reversão deste processo.”

“A manutenção da taxa de juros em patamar tão elevado diante de uma economia em desaceleração e um crescimento anêmico mostra como a política monetária está descolada da realidade do Brasil”, reforça Skaf. “Não basta interromper o ciclo de alta de juros, é necessário reduzi-los, de forma urgente e decidida para que o país volte a crescer num ritmo vigoroso e sustentável.” (

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Abad

A Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad) divulgou nota também nesta noite de quarta-feira, 28, sobre a decisão do Copom de manter a taxa Selic em 11% ao ano. “A manutenção da Selic em 11% corresponde às expectativas do mercado e à percepção de que um novo aperto pode acabar por estrangular a economia, embora ainda haja previsão de pressões inflacionárias mais à frente”, afirmou na nota o presidente da associação, José do Egito Frota Lopes Filho. “O segmento atacadista distribuidor, que trabalha com bens de consumo básico das famílias, tem reiteradamente se posicionado contra as elevadas taxas de juros e comemora o fato de não haver nova elevação, por ora.” (Colaborou Equipe AE)