Após a divulgação da queda de todos os indicadores industriais de maio, exceto o faturamento, o gerente-executivo de política econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, afirmou que “é um consenso que a meta fiscal não será atingida como está explicitada hoje”. Para o representante da entidade, “revisão da meta é sempre uma situação que requer muita serenidade”, ressaltou Castelo Branco. O governo ainda não assumiu que a meta não será cumprida.

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Com as dificuldades econômicas vividas pelo setor, o economista da CNI afirmou que a necessidade de recuperação é importante, mas que isso não pode ser feito com aumento de gastos. “Economia está em recessão e, claramente, trabalhadores privados estão sendo penalizados”, ponderou. Para o representante, as condições econômicas continuam adversas.

Os resultados de maio divulgados nesta quinta-feira, 2, não são bons para o setor. “A indústria manteve trajetória de queda no mês”, disse Castelo Branco. Mesmo após uma pequena recuperação do faturamento ante o mês de abril, a CNI acredita que ele não foi suficiente para recuperar as quedas dos meses anteriores. “Não identificamos ainda indicação segura de recuperação da indústria”, ponderou Castelo Branco. Para o economista, a trajetória é de redução da atividade e da demanda e que o setor não vai recuperar num curto prazo.

Sobre a inflação mais alta, o economista acredita que o Banco Central continuará elevando os juros para tentar trazê-la para a meta, compromisso que o BC tem reafirmado com constância. “Tudo indica que os instrumentos monetários continuarão sendo usados”, finalizou Castelo Branco.

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