Depois de verificar uma piora da atividade industrial e das expectativas dos empresários no fim do ano passado, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) defende que o desafio do governo será aumentar a confiança dos investidores em 2015. O gerente de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, defende que, mesmo num contexto de ajuste fiscal, o governo pode focar em políticas de aumento de competitividade que não impliquem em alta das despesas.

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“Certamente teremos um ano difícil, principalmente no primeiro semestre”, disse. “Como isso pode ser revertido em termos de expectativa? O governo pode caminhar para política de aumento de competitividade sem aumentar gasto, como redução de burocracia e investimento na política de comercio exterior”, exemplificou. “Se o empresário ficar confiante que a economia voltará a crescer no fim do ano, ele volta a investir.”

Fonseca afirmou que a pesquisa ainda não mostra o resultado da avaliação do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e do que ele chamou de “nova política econômica”. “Está cedo”, disse.

Na Sondagem Industrial, divulgada nesta terça-feira, 27, a CNI mostrou que as condições financeiras das empresas pioraram no último trimestre do ano passado, devido ao crescimento dos preços das matérias-primas e a insatisfação com o lucro. O acesso ao crédito também continua numa trajetória de piora e se mostra cada vez mais difícil, segundo a entidade.

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