CNI defende sinais claros sobre estabilidade na economia

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, afirmou nesta quarta-feira, 05, durante discurso na abertura do Encontro Nacional da Indústria (Enai), que o setor produtivo necessita de sinais claros e firmes de que a política econômica se movimentará em sentido de maior estabilidade, logo depois de lembrar o aumento da Selic na última reunião do Copom.

Andrade também chamou a atenção para a importância da atividade industrial no crescimento da economia. “A existência de uma indústria forte, dinâmica e competitiva faz enorme diferença na rota para desenvolvimento do País. Não existe país rico sem indústria forte. O setor industrial é a principal fonte de progresso tecnológico”, disse. “Todas as vezes que o PIB brasileiro cresceu em ritmo mais consistente, isso se deu por causa da indústria”.

De acordo com Andrade, os empresários discutirão durante o evento várias questões para impulsionar a economia brasileira, depois de uma eleição marcada por uma “disputa muito acirrada, como é normal numa democracia dinâmica”. “É momento de refletir o que o Brasil precisa fazer para que economia cresça de maneira mais consistente”, disse, acrescentando que a mobilização empresarial é muito importante para realizar mudanças e influenciar no debate político.

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, também participam da abertura do evento promovido pela CNI. Em seu discurso, Borges afirmou que é preciso ter muita atenção à situação da indústria brasileira “num momento de reversão de todas as expectativas em relação à retomada do crescimento industrial”.

Borges lembrou que a indústria brasileira foi o setor mais afetado pela crise financeira. Mas ele apresentou uma visão otimista de que o mercado de consumo brasileiro é altamente dinâmico. Para ele, a indústria é um setor prioritário para o País.

“Todas as experiências históricas de regressão industrial mostraram que a questão-chave da desindustrialização era doença anêmica do ponto de vista da demanda agregada, particularmente do mercado domestico”, disse. Ele acrescentou que esse não é o caso do Brasil. “Podemos fazer qualquer diagnóstico sobre a situação preocupante da indústria brasileira, mas nunca ouvi diagnóstico de que a indústria brasileira tem problema quanto à demanda agregada.”

Borges disse ainda que a agenda de competitividade inclui mudanças nas áreas tributária e trabalhista, além de alterações na área de infraestrutura e na celeridade em acordos com parceiros comerciais. Ele citou a importância de China e EUA como parceiros comerciais.

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