O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, disse hoje que considerou positiva a taxação da entrada de capitais estrangeiros no País. Segundo ele, o governo não dispunha de muitas alternativas para conter o fluxo de capitais e a decisão de cobrar 2% de Imposto sobre Operação Financeira (IOF) “valeu a pena”. O presidente da CNI avaliou que, se a medida não produzir uma desvalorização do real, pelo menos ela vai evitar que a moeda brasileira tenha uma supervalorização. Uma das reivindicações recorrentes da CNI é de que o governo implemente medidas para valorizar as exportações brasileiras, contendo a apreciação do real.
Ele disse que é preciso observar o resultado dessa taxação para implementar outras medidas, mas considerou que a possibilidade de se usar recursos do Fundo Soberano para comprar divisas deve ser estudada. Monteiro Neto chegou esta tarde ao Ministério da Fazenda para a reunião do Grupo de Acompanhamento do Crescimento (GAC). Ele disse que, nesse encontro, não deverá apresentar sugestões específicas sobre o câmbio. A CNI deverá enfocar, segundo ele, questões ligadas à competitividade, como tributação, custo de capital e infraestrutura, além de medidas de estímulo à exportação. Essa é a primeira reunião do antigo Grupo de Acompanhamento da Crise com a nova denominação.