CNI: confiança do consumidor volta a cair em novembro

A confiança do consumidor brasileiro voltou a cair em novembro, principalmente devido ao pessimismo quanto à inflação e ao desemprego, segundo o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado nesta sexta-feira, 28, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O índice ficou em 109,7 pontos neste mês, o que representa um recuo de 2,1% ante o mês anterior. Com isso, a queda em novembro anulou o crescimento também de 2,1% que ocorreu em outubro. Na comparação com novembro de 2013, o recuo foi de 1,9%.

Para a CNI, a queda do índice se deve ao aumento do endividamento e do pessimismo sobre a evolução futura da inflação e do desemprego. “O maior pessimismo com a inflação pode ser explicado pelo reajuste dos preços de combustíveis e o aumento das tarifas de energia elétrica em diversos Estados”, informou. “O aumento da preocupação com o desemprego deve-se ao cenário de fraco desempenho da atividade econômica”, completou a entidade.

O Inec mede os sentimentos dos brasileiros em relação à situação e às expectativas econômicas. Quanto mais alto o índice, mais otimista estão os consumidores.

O único componente do índice que teve crescimento neste mês foi a expectativa para compras de maior valor. Mas, segundo a CNI, trata-se de influência da proximidade do período de festas de fim de ano. Houve alta de 2,4% ante outubro e de 2,2% na comparação com novembro de 2013.

As expectativas quanto à inflação e ao desemprego foram as que tiveram as maiores quedas. Quanto à alta generalizada dos preços, o índice caiu 6,2% ante outubro e 4,6% ante novembro de 2013. A queda indica que os consumidores estão menos otimistas. Quanto às perspectivas relacionadas ao desemprego, o índice caiu 6,1% ante outubro e 6,3% ante novembro de 2013.

A perspectiva com relação ao endividamento recuou 4,3% em relação ao mês anterior e 1,9% ante novembro de 2013. Quanto à situação financeira, o índice recuou 1,7% ante outubro e 1,9% na comparação com novembro de 2013. As expectativas sobre a renda pessoal caíram 0,2% ante outubro e 2,3% na comparação com novembro do ano passado.

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