A confiança do consumidor permaneceu estável em dezembro. É o que aponta o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que registrou 47,3 pontos. O valor é o mesmo de setembro deste ano. A avaliação da entidade é que o índice mostra que a confiança do consumidor passou a segunda metade de 2019 “praticamente sem alteração”.
De acordo com a pesquisa, o índice está estável porque a maioria dos índices que compõem o INEC tiveram pouca alteração. Os indicadores que falam das condições financeiras dos consumidores, os de expectativa de desemprego e evolução da própria renda permaneceram praticamente inalterados. Outros dois componentes tiveram maior variação, mas influenciaram o índice de forma oposta. Enquanto há uma maior expectativa de inflação, há expectativa de aumento das compras de bens de maior valor.
“O que o índice mostra não é que ninguém tenha percebido melhora ou piora, mas que não há um movimento único da população como um todo mostrando confiança. A depender do perfil a confiança melhorou ou piorou, mas como um resultado de população a confiança fica neutra”, avalia o economista da CNI, Marcelo Azevedo, em nota divulgada pela entidade.
O INEC da região Sul aumentou e está acima da média histórica. A confiança na região Nordeste também aumentou entre setembro e dezembro, e nas demais houve queda.
A pesquisa aponta ainda que a confiança é maior entre a população que concluiu o ensino fundamental e o ensino médio. Já a confiança dos consumidores de grau de instrução baixa, até a 4ª série, recuou para sua média histórica e também caiu entre os consumidores com grau superior.
A pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência foi feita entre os dias 5 e 8 de dezembro, com 2.000 entrevistados em 127 municípios.