Apesar das sinalizações de austeridade fiscal emitidas pelo governo federal para estimular a economia, o empresariado inicia 2015 prevendo investir menos do que o aplicado no aumento da capacidade produtiva do País no ano passado. De acordo com a pesquisa Investimentos na Indústria, divulgada nesta quinta-feira, 22, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 69,3% das empresas do setor pretendem investir em 2015. O porcentual é 8,8 pontos porcentuais abaixo da previsão inicial de 2014, quando que registrou o menor aporte da indústria desde 2009.
Segundo o levantamento, os empresários devem reduzir para 52,6% o uso de recursos próprios para investir, contra uma média de 62,2% no ano passado. A expectativa é de que 27,4% dos projetos sejam financiados por meio de bancos oficiais, ante 20,3% em 2014. “A expansão dos projetos privados de investimento exige a construção de um ambiente institucional que combine com Estado eficiente, credibilidade da política econômica, regulação de qualidade e segurança jurídica”, afirmou a CNI.
A maior parte dos investimentos (36,1%) será em melhorias de processos produtivos. A pesquisa aponta que 90,5% das empresas pretendem comprar máquinas e equipamentos, apesar de 60,6% das empresas dizerem que estão com a capacidade produtiva atual adequada. Apenas 25,1% das empresas afirmaram que pretendem ampliar a capacidade atual. O total de companhias dispostas a importar equipamentos soma 57,3% das pesquisadas.
A pesquisa foi realizada entre 4 de novembro e 12 de dezembro do ano passado com 592 empresas, das quais 312 de grande porte, 213 médias e 67 pequenas. A maior parte delas (61,2%) irá investir em projetos que já estão em andamento.