A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) avalia que o novo corte da Selic é importante para o varejo brasileiro, mas classifica que a redução foi “tímida”. “O ciclo de baixas da Selic abre espaço para retomada do consumo interno mais forte, e, por consequência, a recuperação do varejo brasileiro”, cita o texto.

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Apesar da comemoração, a CNDL afirma que o corte dos juros poderia ter sido mais ousado. “Apostávamos em uma queda de 0,75 ponto porcentual, até porque existe hoje uma necessidade urgente de aquecer o mercado interno, já que as vendas de fim de ano mostraram um desempenho significativamente tímido em 2011”, destaca o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Júnior.

“Em 2012, o comércio será a locomotiva do crescimento econômico, avançando entre 4% e 4,5%, algo como um ponto ou um ponto e meio porcentual acima do PIB (Produto Interno Bruto)”, prevê Pellizzaro Júnior. Segundo o dirigente, o corte demonstra que o Banco Central “está trabalhando para colar a política monetária à fiscal, combinando reforço no crédito com desonerações de tributos para o consumo”.

Para o presidente do CNDL, “uma ação mais ousada por parte do Banco Central neste momento em que há real risco de contágio da economia brasileira em função da fraca atividade na Europa e Estados Unidos poderia sinalizar um claro recado ao mercado de que o Brasil está atento aos movimentos externos, assim como entidades como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial”.

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“O Brasil tem tudo para se manter distante do epicentro da crise, mas não há como menosprezar o recado do FMI, que sinalizou com mais um resgate à Europa, de quase US$ 500 bilhões, e o alerta do Banco Mundial, que classificou como ‘risco real’ a possibilidade de que as turbulências externas ocasionem uma crise global similar à de 2008”, avalia o dirigente.