CNDL: adquirência engatinha, mas subirá com players

O mercado de adquirência, que credencia lojistas para a captura de transações com cartões de débito e crédito, ainda não tem recebido impacto do crescimento de números de players atuantes no Brasil, mas este cenário tende a mudar, de acordo com o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes de Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Jr. “Espero que o nível de concorrência aumente. Os dois players (Cielo e Redecard) já estão se mexendo mais e os novos concorrentes devem tirar mercado dos que operam atualmente”, avaliou em palestra no C4 – Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor, em São Paulo.

Atualmente, há, segundo Pellizzaro Jr., cerca de cinco adquirentes mais atuantes no Brasil e em breve o mercado deve contar com mais um ou dois novos nomes. A maior participação de estreantes no mercado de adquirência deve se dar, conforme ele, por meio de adequações das necessidades dos varejistas, como, por exemplo, redução do custo da cadeia.

“A participação dos novos players ainda é muito pequena, mas tenho certeza de que Elavon, Santander e agora Global Payment vão querer expandir e vão tirar mercado de quem já tem”, avaliou. O presidente da Fidelity Processadora, Reginaldo Zero, lembrou que o duopólio da Redecard e da Cielo veio baratear as taxas de desconto cobradas aos lojistas em função da escala dessas empresas. No passado, esse custo chegou a ser de até 10% por falta, justamente, de escala.

“Como se processam bilhões de transações, a escala passa a ser um diferencial”, afirmou. Na análise de Zero, o mercado de adquirência é um “jogo” de banco e de rede. Ele disse ainda que, se o mercado tem alguma expectativa de que os novos players vão tirar lugar de Redecard e Cielo, pode esquecer. “Eu vou ficar muito contente se daqui a uns três anos ainda estivermos falando deles (novos players)”, concluiu.

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