Embora esteja em níveis comparáveis aos da crise de 2009, a confiança dos empresários brasileiros não deve demorar a subir, segundo o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Carlos Thadeu de Freitas.
“Vai ser um processo que não é fácil, porque caiu muito, mas os empresários e investidores em geral gostam de ver uma ‘moldura'”, afirmou Thadeu, ex-diretor de Dívida Pública do Banco Central. “Antes não tínhamos essa moldura porque não sabíamos quem venceria as eleições. Agora sabemos.”
Ele explica que a ‘moldura’ inclui um conjunto de compromissos firmado pelo governo, como a meta fiscal e a nomeação de uma nova equipe econômica. “Não precisa dizer que vai mudar radicalmente, mas que vai ajustar a política dela aos novos tempos”, acrescentou.
Thadeu lembrou que o País está crescendo menos, mas há fatores favoráveis à confiança, como uma fatia importante da população empregada e a manutenção da taxa de retorno no País em nível alto. “A taxa de retorno no Brasil é muito boa, não caiu”, afirmou.
Quanto à renovação da equipe econômica, o ex-diretor do BC acredita que Dilma vá optar por alguém que já esteve ou que ainda está ao seu lado no governo. “Aloizio Mercadante, Luciano Coutinho ou Nelson Barbosa, um desses três”, arriscou.