CNA teme que lista para UE vire “restrição permanente”

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Fábio de Salles Meirelles, cobrou da União Européia (UE) a definição de regras claras para o sistema de rastreabilidade do rebanho bovino. "Os pecuaristas não podem pagar pelos abusos do passado", comentou durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado. Os produtores dizem que as regras impostas pela UE para a rastreabilidade são muito rígidas.

Ele argumentou ainda que a decisão de aprovar uma lista com apenas 300 fazendas para exportação para o bloco vai acabar se transformando numa "restrição permanente". A idéia do ministério é apresentar uma lista com cerca de 600 fazendas e negociar a ampliação do número de propriedades credenciadas. A lista que será entregue amanhã contém cerca de 600 propriedades, mas o governo está reavaliando os dados, o que poderá elevar o número final. Comenta-se que 700 propriedades podem constar da relação.

A apresentação, em janeiro, de uma lista com 2.681 fazendas irritou os europeus, que pediram ao Brasil a indicação de 300 propriedades. Em resposta à lista brasileira, as autoridades suspenderam as compras de carne brasileira. No ano passado, os embarques de carne bovina do Brasil para o bloco renderam US$ 1,1 bilhão, cerca de 30% do vendido pelo País. Seis Estados são habilitados para a venda para esse mercado: Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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