O presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Antônio Ernesto de Salvo, considerou hoje (10) uma boa notícia a aprovação da redução dos subsídios diretos à agricultura na União Européia, apresentada como proposta de reforma da Política Agrícola Comum (PAC) para o continente.
?Qualquer passo em direção à redução dos subsídios agrícolas é positivo, mas devemos esperar porque a realidade nem sempre é o que se anuncia?, afirmou.
Para o diretor do Departamento de Comércio Exterior da CNA, Antônio Donizeti Beraldo, o anúncio do corte de 20% nos pagamentos diretos aos produtores europeus é uma medida excelente. ?Havia uma expectativa de que a Europa seguisse o movimento dos Estados Unidos, que aumentou a carga de subsídios na reforma da Farm Bill. Neste contexto, o anúncio da União Européia é extremamente positivo, e favorece as negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC)?, disse Beraldo.
Ele ressaltou que não haverá, contudo, qualquer impacto imediato da nova PAC sobre as exportações brasileiras, porque as mudanças só entrarão em vigor em 2005, e serão implementadas gradualmente ao longo de anos. ?Vamos ver o resultado prático disto daqui a uns 10 anos?, frisou.