O Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a meta de inflação em 4,5% em 2017 e alterou a banda de tolerância de 2,0 pontos percentuais para 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo também em 2017. De acordo com a assessoria do Ministério da Fazenda, a meta de 2016 foi mantida em 4,5%.

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O CMN vinha mantendo a meta de 4,5% desde 2005 e, a partir de 2006, diminuiu a margem de tolerância de 2,5 pontos porcentuais para 2 pontos porcentuais. Em 2003 e 2004, o governo decidiu ajustar a meta ao verificar que não iria atingir seu objetivo. No primeiro ano, a meta passou de 3,25% para 4% e a banda de tolerância aumentou de 2 para 2,5 pontos porcentuais. Já em 2004, o objetivo foi ampliado de 3,75% para 5,5% e o intervalo foi mantido em 2,5 pontos porcentuais.

Desde que o regime de metas de inflação foi adotado no País, em 1999, em três anos o BC descumpriu sua missão – em 2001, 2002 e 2003. Dessa forma, o BC teve de escrever uma carta aberta ao ministro da Fazenda para explicar o que levou a instituição e não entregar sua missão. Para este ano, a autoridade monetária também terá de escrever o documento, já que a meta de 4,5% com intervalo de 2 pontos porcentuais já foi ultrapassada nos primeiros cinco meses do ano. A expectativa do mercado financeiro é a de que o IPCA termine 2015 em 8,97%, praticamente a mesma estimativa apresentada ontem pelo próprio BC, de 9%.

O CMN aumentou a taxa de juros de longo prazo (TJLP) de 6% ao ano para 6,5% ao ano, porcentual que vigorará no próximo trimestre. A taxa estava em 6% desde abril. De janeiro a março, a TJLP foi de 5,5% ao ano e, nos dois anos anteriores, 5% ao ano.

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