Com o objetivo de ampliar a capacidade de saneamento financeiro de companhias estatais de energia elétrica, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje, em reunião extraordinária, um limite de R$ 800 milhões para operações de crédito contratadas pelas empresas com esse objetivo. A autorização só é válida, porém, para as companhias cujos administradores (Estados, municípios ou União) já tenham contratos com instituições financeiras com a finalidade de promover uma melhoria nas contas dessas estatais.
“A decisão surgiu da demanda de alguns Estados dentro do Programa de Ajuste Fiscal (PAF). A medida pode ser bastante salutar, uma vez que essas empresas estão sendo instadas a investir e é necessário que isso seja feito em bases financeiras adequadas”, afirmou o assessor econômico do Tesouro Nacional, Jéferson Bittencourt.
Segundo ele, uma das empresas que devem tomar parte dos recursos liberados é a Companhia Energética de Goiás (Celg). Na semana passada, o governo de Goiás assinou o contrato para o empréstimo de R$ 3,7 bilhões junto à Caixa Econômica Federal, com recursos de BNDES, para melhorar o perfil de endividamento da empresa.