O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje medida que amplia em R$ 2 bilhões o volume de recursos disponíveis para o crédito rural. O voto aprovado altera a exigência de aplicação de recursos no crédito rural dos atuais 60% dos depósitos em poupança rural para 68%. Ao mesmo tempo, foi reduzida de 40% para 32% a exigência de aplicação dos recursos na agroindústria ou na aquisição de Cédulas de Produto Rural (CPR).
A medida valerá a partir de 1º de julho e beneficia com mais recursos a safra de 2009/10. Segundo o diretor de liquidação e controle de operações de crédito rural, Gustavo Matos do Vale, a maior parte dos recursos direcionados ao crédito rural tem subsídio do Tesouro Nacional, para que os empréstimos saiam com uma taxa de juros de 6,75% ou inferiores (no caso do Programa Nacional de Agricultura Familiar – Pronaf).
A poupança rural é basicamente operada por Banco do Brasil, mas também é operada por outras instituições, como Basa, BNB e cooperativas. Gustavo do Vale explicou que, para não haver problema com a aplicação de outra exigibilidade de crédito criada no início da crise no ano passado e que valeria até 30 de setembro, o CMN definiu um “fator de ponderação” que na prática “zera o jogo” anterior e permite aos bancos cumprirem sem problemas a nova regra.