O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina recuou 5,3% no trimestre encerrado em abril em comparação aos três meses até janeiro de 2014, para 90 pontos, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) feito em parceria com o instituto alemão Ifo. Até janeiro, o índice trimestral havia registrado 95 pontos.

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De acordo com os componentes do indicador, houve piora tanto na percepção do cenário atual quanto do futuro. “Todos os indicadores estão na zona desfavorável (abaixo de 100 pontos) e continuam, assim como na Sondagem de janeiro, abaixo das suas médias históricas dos últimos dez anos”, ressaltou a FGV, em nota. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 6,8%, para 82 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) passou para 98 pontos, num recuo de 3,9%.

Brasil

Entre os 11 países que são alvo da pesquisa, o Brasil apresentou a piora mais intensa no clima econômico. O indicador do País passou de 89 pontos no trimestre até janeiro deste ano para 71 pontos no trimestre encerrado em abril – uma queda de 20,0%. ” Na série histórica iniciada em 1989, este é o pior índice desde janeiro de 1999. No auge de crise de 2008, o indicador mais baixo ocorreu em janeiro de 2009 (78 pontos)”, mostra o estudo.

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A FGV ressaltou ainda que o ICE do Brasil passou a ficar abaixo do indicador da Argentina, que atualmente se situa em 75 pontos. Assim, o indicador de clima econômico brasileiro supera apenas o da Venezuela na lista, que se manteve no valor mínimo de 20 pontos.

Mundo

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Em nível mundial, o ICE teve leve piora e alcançou 113 pontos no trimestre até abril, de 114 pontos na leitura anterior. Mesmo assim, se manteve acima do ICE da América Latina.

A Sondagem Econômica da América Latina serve ao monitoramento e antecipação de tendências econômicas, com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países. A pesquisa é aplicada com a mesma metodologia em todos os países da região. Em abril de 2014, foram consultados 1.134 especialistas em 121 países. A escala oscila entre o mínimo de 20 pontos e o máximo de 180 pontos. Indicadores superiores a 100 estão na zona favorável e abaixo de 100 na zona desfavorável.