São Paulo – A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) manteve o bom humor ontem e fechou em alta de 0,64%, com o Índice Bovespa em 18.178 pontos e volume financeiro de R$ 1,119 bilhão. Esse é o novo pico do ano da bolsa paulista, que se mantém em sua maior pontuação desde 28 de março de 2000. Com esse resultado, o Ibovespa atinge valorização de 13,5% no mês, de 61,3% no acumulado do ano e de 115,1% em 12 meses.
O fluxo cambial positivo determinou nova queda do dólar comercial nessa terça-feira. A moeda americana fechou cotada a R$ 2,828 na compra e R$ 2,830 na venda, com baixa de 0,24% no dia. A terça-feira foi de poucas notícias, o que tirou o bom humor dos investidores, refletido principalmente no risco-País brasileiro, que se mantém nos menores patamares desde março de 1998.
O principal título da dívida externa brasileira permanece em firme trajetória positiva e segue com a maior cotação histórica. O C-Bond subiu 1,06%, para 94,56% do seu valor de face, o maior preço da história. O risco-País recuou 4,47%, para o menor patamar em mais de cinco anos, aos 577 pontos-básicos.
No mercado internacional pouco se fala em realização de lucros dos títulos brasileiros. Agora, analistas estrangeiros falam em mudança de patamar dos ativos de países emergentes, o que abre a possibilidade de novas altas. Essa mudança de percepção foi iniciada na semana passada com a melhora da classificação de risco da Rússia. Agora, a expectativa é de mudança do rating da Turquia. O Brasil está na lista dos prováveis beneficiados por essas análises, principalmente depois dos elogios feitos por relatório da Fitch.