A produção de laranja deve atingir 308,8 milhões de caixas (de 40,8 quilos) na safra 2014/2015, a ser iniciada oficialmente em 1º de julho, de acordo com a primeira revisão da estimativa feita pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), entidade que reúne as três principais indústrias do setor – Cutrale, Citrosuco e Louis Dreyfus Commodities. A estimativa, divulgada há pouco, aponta uma queda de 2,6% ante as 317 milhões de caixas estimadas na safra anterior, e a redução ocorre por conta da estiagem que atingiu, em janeiro e fevereiro, os estados de São Paulo e Minas Gerais, área do cinturão citrícola comercial brasileiro.

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Com isso, a produção na safra 2014/2015 deve superar em 6,5% à da safra 2013/2014, de 289,9 milhões de caixas, cuja colheita já foi encerrada, mas que considera o período até 30 de junho para a finalização. Para Ibiapaba Netto, diretor-executivo da CitrusBR, o crescimento da safra 2014/2015 acontecerá em função de um aumento de produtividade dos pomares em 9,4%, saltando de 1,8457 para 2,0193 caixas de laranja por planta produtiva. Houve ainda uma diminuição na quantidade de plantas produtivas em 2,6% – de 157 milhões para 152,9 milhões de árvores.

A CitrusBR estimou ainda que a safra 2013/2014 deve ser encerrada com 1,108 milhão toneladas de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) exportadas, um incremento de 1,5% em relação à safra 2012/2013. Sendo assim, as associação estima que os estoques de passagem de suco de laranja no Brasil entre as safras 2013/2014 e 2014/2015, em 30 de Junho de 2014 serão de 517 mil toneladas, uma redução de 32,5% em relação às 766 mil toneladas da passagem para a safra passada.

Como ainda não há previsão para a produção de suco na safra 2014/2015, e assumindo que as exportações no período se mantenham nos níveis atuais, acrescidas de um consumo adicional de 40 mil toneladas de FCOJ no mercado doméstico, a CitrusBR avalia que os estoques de passagem para a safra 2015/2016, em 30 de junho do próximo ano serão de apenas 350 mil toneladas, considerado limite técnico mínimo para as exportações do produto. “Após alguns anos de estoques muito acumulados, ao que tudo indica estamos caminhando para um cenário mais equilibrado, o que sem dúvida é positivo para toda a cadeia”, afirma Netto.

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