Citrosuco encerra produção e demite mais de 200 em São Paulo

A Citrosuco, segunda maior processadora de suco de laranja do mundo, anunciou nesta segunda-feira (9) o encerramento da produção na unidade de Bebedouro (interior de São Paulo), planta industrial que será utilizada apenas para o armazenamento da bebida. Os 204 funcionários da unidade já começaram a ser demitidos.

A unidade foi adquirida em 2004 no processo de compra, pela Citrosuco e pela Cutrale, dos ativos de produção de suco de laranja da Cargill no Brasil. A fábrica do interior paulista já ficou fechada durante boa parte da safra, em 2008, por falta de frutas para serem processadas, justamente no município que no passado foi considerado a capital brasileira da laranja.

A carência de matéria-prima, aliada a um processo interno de rearranjo na produção de suco de laranja, seriam os motivos do encerramento da produção na unidade. Com isso, a produção de suco de laranja da Citrosuco no Estado de São Paulo será concentrada nas duas outras unidades da empresa, nas cidades de Limeira e Matão.

A Citrosuco pertence ao Grupo Fischer e tem ainda uma fábrica de suco em Lake Wales, na Flórida (EUA) e outra em Videira (SC), onde também produz suco de maçã. A companhia possui ainda o maior terminal do mundo de escoamento de suco, em Santos (SP), o maior terminal europeu, em Ghent (Bélgica), além de terminais em Wilmington (EUA) e Toyohashi, no Japão. A Citrosuco produz também óleos e essências, álcool a partir do bagaço e polpa cítrica, além do suco de laranja.

Sindicato

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bebedouro (SP) divulgou comunicado no qual repudia as demissões ocorridas na unidade da Citrosuco. Segundo o documento, o Grupo Fischer, controlador da empresa, agiu com “desrespeito” com o sindicato e “principalmente com os trabalhadores da referida empresa, dispensando os mesmos com uma fria carta recebida em sua residência, trazendo um grande transtorno e desconforto para seus familiares”, informa.

Desde sábado, 208 empregados segundo o sindicato, foram demitidos e um total de 1 mil entre diretos e indiretos, contratados para a safra, deverão perder o emprego. O comunicado, assinado pelo presidente da entidade, José Antonio Janotta, informou ainda que irá pedir a interferência do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, junto ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, “para que o mesmo tome medidas em beneficio do setor da citricultura”, informou. Já a Citrosuco informou que irá se manifestar ainda nesta segunda.

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