Citricultores e indústria sem acordo de preço

São Paulo (AE) – Acabou sem acordo a reunião entre os citricultores e os representantes das indústrias de citros, realizada ontem na Federação da Agricultura de São Paulo (Faesp), para negociar um acordo em torno da remuneração dos produtores, que defendiam uma revisão dos contratos que estabeleciam preços entre R$ 6,50 pela caixa de 40,8 kg de laranja, dependendo da cotação do dólar na época de fechamento do negócio.

Havia duas propostas dos produtores em discussão. Uma foi apresentada pela Faesp, que pedia um adicional de R$ 3,50 reais em cada caixa ou a revisão dos contratos levando em conta um dólar médio de R$ 2,80. Já a Associação Brasileira dos Citricultores (Associtrus) propõe um preço de R$ 15,00 pela caixa, na revisão e na renovação dos contratos com a indústria.

Ademerval Garcia, presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (Abecitrus), disse que qualquer tipo de acordo coletivo entre produtores e indústrias está fora de cogitação, porque o contrato pode ser utilizado contra empresas quando houver queda de preços. Ele disse que isto ocorreu várias vezes (1979, 1991, 1994, 1999 e neste ano), quando os produtores recorreram contra as indústrias sob alegação de formação de cartel. Ademerval afirmou que as indústrias vêm renegociando com os produtores caso a caso, levando em conta as peculiaridades de cada contrato.

Exportação

As exportações brasileiras de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) somaram 124.463 toneladas em março deste ano e o total acumulado na safra 2005/2006, iniciada em julho, atingiu 1.022.243 de toneladas. O volume exportado no mês passado é 1% maior do que o obtido em março de 2005, de 123.239 toneladas.

O total exportado nos nove meses desta safra é 4,82% menor que as 1.074.022 de toneladas enviadas ao exterior no mesmo período da safra passada. Os dados são da Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (Abecitrus), a partir de informações colhidas junto à Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria Comércio Exterior.

Os destaques positivos de exportações da safra 2005/2006 seguem para a Ásia e os chamados outros mercados, formados principalmente pelo Sudeste Asiático, Oceania e Oriente Médio. Com a Ásia, de acordo com o levantamento, o crescimento nas exportações é de 24,23% em 2005/2006, em comparação à safra passada. O volume saltou de 110.195 toneladas para 136.901 toneladas.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo