A Companhia Paranaense de Energia (Copel) completou 50 anos ontem como exemplo de sucesso e desempenho. Além da excelência na produção, transmissão e distribuição de energia, a Copel já pensa no futuro. Segundo o presidente da empresa, Paulo Pimentel, não há riscos de falta de energia no Paraná, até mesmo pelo fato de a empresa ter energia excedente. Pimentel destacou que nos próximos dois anos mais duas usinas hidrelétricas serão construídas no Rio Jordão. Serão investidos R$ 400 milhões.
Pimentel destacou que a Copel tem interesse em comprar a UEG Araucária. Ele lembrou que já se reuniu com a El Paso e conversou com a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. ?É uma possibilidade real, mas vai depender de conversas envolvendo todas as partes. Acredito que o negócio pode ser concretizado ainda no primeiro trimestre do ano que vem.?
Segundo Pimentel, a conversa com os representantes da El Paso aconteceu em clima de entendimento. ?Pudemos sentir que eles estão interessados em buscar uma solução amigável para o embate judicial em torno da legalidade dos contratos que foram firmados e, se desse diálogo resultar uma composição que antes de tudo preserve o interesse público, como nos ordenou o governador, vamos estudá-la com boa vontade e levá-la à apreciação de Requião?, prometeu.
PPPs
O presidente da Copel afirmou que o projeto de parcerias público privadas (PPPs) no setor elétrico é uma boa idéia, já que o poder público não tem recursos suficientes para investimentos. ?Existem três problemas no setor elétrico brasileiro. O mercado ainda não acreditou no novo modelo proposto. Há desconfiança pela transferência de poderes da Aneel para o ministério, já que os funcionários da agência têm maior estabilidade que os do ministério. Além disso, os ambientalistas sempre complicam as decisões?, afirmou.
Para Pimentel, os ambientalistas demoram muito a tomar decisões para liberar ou não a construção de usinas. ?Eles ficam sentados em cima. Tem que decidir logo. Claro que a construção de uma usina causa prejuízo ambiental, mas que é compensado pelo progresso que ela gera. Usinas grandes não são mais viáveis, mas as de médio porte tem que ser construídas?, salientou, lembrando que ações sociais também servem para compensar o prejuízo ambiental. ?Estamos fazendo programas como o Luz Fraterna, a distribuição de energia para irrigação noturna e a legalização dos ?gatos.? Ao poucos, sem alarde, a Copel vem cumprindo seu papel social?, disse.
Parigot de Souza
O ex-governador e ex-presidente da empresa Pedro Viriato Parigot de Souza, foi o grande homenageado da cerimônia de comemoração do cinqüentenário da Copel.
Apontado como um dos grandes responsáveis pelo crescimento e pela humanização da empresa, Parigot de Souza foi homenageado com um busto e uma placa que serão colocados na entrada da sede da Copel, no Batel, em Curitiba. A viúva do ex-governador, Egipcialynda Parigot de Souza, e seu filho, Luiz Antônio Veloso de Souza, participaram da homenagem. Em seu discurso, Pimentel ressaltou a importância do ex-presidente da Copel para a formação da personalidade da empresa: ?Minha família é o Paraná. A Copel é um ambiente ideal para se trabalhar, principalmente pelos seus 6.759 funcionários?.
A Copel foi homenageada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que criou um carimbo comemorativo pelo aniversário da empresa.
Hoje a Copel responde por 7% da geração nacional de energia. Possui 4.550 megawats de potência instalada em suas 18 usinas. São sete mil quilômetros de linhas de transmissão ao longo das 124 subestações. A empresa possui 3,2 milhões de clientes entre pessoas físicas e jurídicas.