As vendas do varejo brasileiro aumentaram 3% em maio (descontada a inflação) na comparação com igual período do ano anterior, segundo o índice calculado pela operadora de cartões de pagamento Cielo, com base nas vendas das mais de 1,6 milhão de lojas credenciadas à companhia. Em termos nominais, número que reflete o que o varejista de fato observa na receita das suas vendas, o indicador registrou alta de 4,6% no comparativo anual.
De acordo com a empresa, o período foi levemente prejudicado no efeito líquido entre feriados e trocas de dias da semana em relação ao mesmo período do ano passado. Ajustando a estes efeitos de calendário, o crescimento (descontada a inflação) seria de 3,1% e o nominal de 4,7%.
Para Gabriel Mariotto, diretor de Inteligência da Cielo, o resultado mensal surpreendeu principalmente em razão da paralisação dos caminhoneiros. No período, observa o executivo em comunicado, foram observados dois períodos muito claros e distintos: crescimento muito forte no período que antecedeu a crise de abastecimento e outro bem mais fraco, até com retração, no período da paralisação.
No período pré-paralisação, o ICVA deflacionado do mês foi de 4,5%. Já no período da paralisação, o ICVA foi de apenas -1,2% no mesmo conceito, impactando significativamente o resultado do mês. A paralisação teve seu período mais crítico entre os dias 23 e 29 de maio, com impacto de 2,4 pontos percentuais na receita de vendas do varejo.