Ciclo de expansão da indústria é o mais longo desde 2004

O crescimento de 1,3% na produção industrial brasileira em maio ante abril foi puxado pelo segmento de veículos automotores, que registrou alta de 3,7% e representou o principal impacto para o resultado geral nessa base de comparação. O segundo maior impacto foi dado pela indústria farmacêutica (aumento de 8,3%), seguido de máquinas e equipamentos (3,1%) e de alimentos (1,2%).

Por outro lado, as principais pressões de queda ante abril foram nessa ordem, de produtos químicos (queda na produção de 1,8%) e de bebidas (2,8%). Ainda nessa comparação, dos 23 segmentos pesquisados, 15 apresentaram aumento na produção.

O coordenador de indústria do IBGE, Silvio Sales, destacou que os dados da indústria ante mês anterior mostram crescimento há oito meses consecutivos e um ciclo tão longo de altas não era registrado desde 2004.

Ante maio de 2006, a maior influência de alta ocorreu em máquinas e equipamentos, que registrou aumento de 19,0% na produção. O segundo maior impacto foi dado por veículos automotores (10,8%), seguido de máquinas e aparelhos elétricos (14,5%). Ainda na comparação com igual mês do ano anterior, as principais pressões de queda foram dadas por edição e impressão (-5,5%) e material eletrônico e equipamentos de comunicação (-4 2%) e celulose e papel (-2,9%). Nesse indicador, 19 dos 27 ramos pesquisados elevaram a produção.

Os eletrodomésticos de linha marrom (TV, rádio e som) e os telefones celulares registraram desempenho ruim da produção em maio e impediram um aumento maior, ante igual mês do ano anterior, nos bens de consumo duráveis. O coordenador do IBGE explicou que os produtos da linha marrom estão sendo prejudicados pela concorrência dos importados e por uma base de comparação elevada do ano passado, quando a proximidade da Copa do Mundo aqueceu a produção de televisores. Por sua vez, os celulares estão mostrando recuo no dinamismo das exportações.

Segundo ele, a diferença apurada nos desempenhos dos eletrodomésticos de linha branca (fogões e geladeiras) e marrom "pode ter a ver com o fato de que a linha branca não tem penetração de importados como a linha marrom".

Informática

Entre os segmentos da indústria pesquisados pelo IBGE, a produção de máquinas para escritório e equipamentos de informática lidera o ranking dos desempenhos setoriais no acumulado de janeiro a maio de 2007, com aumento de 25,4%. No período, a média da indústria cresceu 4,4%.

Outros setores com bons desempenhos no ranking foram máquinas e equipamentos (16,5%), outros equipamentos de transporte (12,0%), mobiliário (11,1%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (10,1%). Os destaques de queda em 2007, até maio, ficaram com material elétrico e equipamentos de comunicação (-10,1%), madeira (-5%), calçados (-3,8%) e edição e impressão (-3%).

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