Chuvas e desligamento de 21 térmicas reduzem déficit de geração hídrica

O volume mais satisfatório de chuvas durante o chamado período seco e a decisão do governo de desligar 21 térmicas a partir de agosto ocasionaram a redução do déficit de geração hídrica, conhecido pela sigla GSF. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o fator de ajuste do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), dispositivo calculado a partir do GSF, ficou em 93,8% em outubro. Este é o melhor resultado do indicador neste ano. Para novembro, a previsão da CCEE é de 92,9%.

No âmbito do sistema elétrico nacional, quanto maior for o déficit de geração hídrica, maior é o volume de energia que precisará ser comprado pelas empresas que compõem o MRE. No primeiro trimestre, o déficit superou os 20%. Durante o segundo trimestre, o número caiu abaixo de 20%, mas ainda em patamares próximos a esse teto. No terceiro trimestre, com o desligamento das térmicas, o déficit voltou a cair e ficou mais próximo de 15%. Agora, confirmada a previsão da CCEE para os meses de outubro e novembro, o indicador poderá cair abaixo de 10% no quarto trimestre.

As previsões da CCEE são favoráveis aos geradores, que ainda amargam neste ano um patamar elevado de GSF. Entre janeiro e outubro, o número médio ficou em 91,4%, segundo a CCEE. Ou seja, as empresas precisaram comprar neste ano energia equivalente a 8,6% da garantia física conjunta das usinas que compõem o MRE.

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