A chuva está atrapalhando a colheita de cana-de-açúcar no Paraná. Segundo a Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Paraná (Alcopar), até o último dia 16, cerca de 5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar haviam sido colhidas – 31% a menos do que o mesmo período do ano passado, quando haviam sido colhidas 8,5 milhões de toneladas.
?É muita chuva?, aponta o superintendente da Alcopar, Adriano da Silva Dias. Segundo ele, a colheita deveria se encerrar em novembro, mas com o atraso será preciso escolher entre duas alternativas: deixar a cana secar em pé (sem industrializar) ou adentrar o mês de dezembro e correr o risco de prejuízos, já que é um período de chuvas.
A safra de cana-de-açúcar no Paraná este ano está prevista em 28 milhões de toneladas – 500 mil toneladas a menos do que a safra passada e 3 milhões aquém do previsto. ?A idéia era produzir 31 milhões de toneladas, mas como houve uma seca grande de outubro do ano passado a março deste ano, ficou abaixo do esperado?, lamentou.
Sobre o destino do produto – transformação em álcool ou açúcar -, a proporção deverá ser a mesma do ano passado, segundo Dias: 52% para a produção de álcool (1,2 bilhão de litros) e 48% de açúcar (1,7 milhão toneladas). ?Quem define a proporção é o parque industrial das empresas. As indústrias têm seus equipamentos e, mesmo que o preço de um esteja excelente, não há como produzir apenas aquele produto?, diz. Segundo ele, a cotação internacional até influencia, mas muito pouco.
O Paraná conta, atualmente, com 27 indústrias de açúcar e álcool – número que se mantém há sete anos. A produção de cana-de-açúcar se concentra no Norte do Estado.