A Chrysler anunciou hoje que vai pedir ao juiz do Tribunal de Falências na segunda-feira permissão para um empréstimo DIP (Debtor in Possession, que geralmente é atribuído a uma empresa já falida, durante seu plano de reestruturação) de US$ 4,5 bilhões para continuar operando. A montadora entrou ontem com processo de concordata nos Estados Unidos.
Corinne Ball, advogada da empresa, disse durante audiência no tribunal que a Chrysler não irá buscar por aprovação para liberação do empréstimo hoje. Segundo ela, a montadora irá apresentar os detalhes a operação ainda hoje. De acordo com um documento entregue ao Tribunal de Falências em Manhattan, a Chrysler vai pedir aprovação para uso de US$ 1,8 bilhão em financiamentos no curto prazo.
Os governos dos EUA e do Canadá estão providenciando o empréstimo de US$ 4,5 bilhões para ajudar a Chrysler a se reestruturar. O acordo prevê que a empresa pague a seus financiadores – o Departamento do Tesouro dos EUA e a Export Development Canada – um juro de pelo menos 5% no empréstimo. O Tesouro norte-americano está provendo 74% do financiamento enquanto o Export Development Canada responderá pelos 26% restantes, segundo documentos do tribunal. Os dois órgãos também vão receber notas promissórias, equivalentes a 6,67% do valor de seus empréstimos na data de seu vencimento.
A Chrysler pode usar o dinheiro para financiar suas necessidades de capital de giro, pagar pedidos de pagamentos de garantias e financiar seu time de advogados envolvidos no processo de concordata e consultores financeiros. O pacto de financiamento DIP inclui diversos pontos importantes, como estabelecer o prazo de 1º de junho para que o Tribunal de Falências aprove a venda dos ativos da Chrysler – e que um acordo deve ser fechado até 27 de junho. As informações são da Dow Jones.