A Chrysler divulgou nesta segunda-feira (30) um comunicado informando que chegou a um acordo com a Fiat. A montadora norte-americana esclareceu, porém, que possui a estrutura de um acordo, e não um pacto definitivo, com a empresa italiana. O acordo com a Fiat foi uma condição estabelecida hoje pelo governo dos Estados Unidos para conceder novos empréstimos à Chrysler.
O executivo-chefe da Fiat, Sergio Marchionne, disse que uma aliança com a Chrysler vai tornar a companhia mais forte e preservar empregos nos EUA. Uma fusão também ajudaria a Chrysler a devolver os empréstimos recebidos do governo mais rapidamente.
“O engajamento com a força-tarefa do setor automotivo tem sido duro, mas justo, e acreditamos que vamos chegar a um resultado que vai estabelecer um futuro de confiança para este setor industrial crucial e que atribui a prioridade correta de devolver os fundos aos contribuintes americanos”, disse Marchionne.
A Fiat é vista como a única rota para sobrevivência da Chrysler, considerada “inviável” pela força-tarefa que deu às partes mais 30 dias para apresentarem um acordo definitivo. Em um comunicado revisado, a Chrysler disse que está trabalhando para superar “obstáculos substanciais (…) para assegurar o apoio necessário dos acionistas”.
Os desafios da Chrysler permanecem grandes. A montadora terá de assegurar um novo acordo para os trabalhadores horistas com o sindicato americano (UAW) e o sindicato canadense (CAW), obter um acordo de perdão da dívida dos bancos credores e alcançar um acordo definitivo com a Fiat.
Ao rejeitar o plano de reestruturação apresentado pela Chrysler e pela General Motors (GM), o presidente dos EUA, Barack Obama, deu à Chrysler apenas um mês para fechar uma parceria com a Fiat. Para a GM, o governo deu 60 dias para apresentar sua estratégia de viabilidade. As informações são da Dow Jones.