O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), fez um alerta ao governo sobre dificuldades na tramitação, na Casa, da proposta que prorroga até 2011 a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A prorrogação, que o governo considera imprescindível para o equilíbrio de suas contas, foi tratada em encontro de Chinaglia com o ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, e com o líder do Governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), na residência oficial do presidente da Câmara.

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"A prorrogação tal qual quer o governo vai depender muito da capacidade de se construir acordo. Vai depender dessas negociações e da atitude da oposição, que pode fazer obstrução", avaliou Chinaglia. No encontro, Chinaglia citou alguns obstáculos regimentais ao andamento do projeto, que poderiam ser resolvidos com a base. Na semana passada, lembrou, deputados aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ajudaram a oposição a obstruir uma sessão do plenário e, com isso, só foi votada uma medida provisória (MP).

Enquanto as MPs trancarem a pauta, nenhum outro projeto, incluindo a prorrogação da CPMF, poderá ser votado. Na sexta-feira passada não houve sessão, por falta de deputados na Câmara, e o resultado foi o atraso na contagem do prazo de tramitação da proposta. O senador Jucá reclamou, lembrando que cada dia de demora na votação do projeto na Câmara encurta o tempo do Senado para aprovar a proposta.

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