Será difícil para a China conter a alta do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) em 4% em 2011, disse ontem o diretor do Instituto de Comércio Externo, Zhang Yansheng. O executivo, que faz parte da Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Reforma, disse que a inflação importada responde por 30% a 40% da inflação chinesa e que os preços do petróleo, do minério de ferro e dos grãos estão próximos dos níveis máximos. A crise na Líbia deve acentuar a alta dos preços de tais produtos, acrescentou.

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Já o economista-chefe da comissão, Yao Jingyuan, embora tenha reconhecido a pressão, acrescentou que o país será capaz de atingir a meta de 4% para o CPI, uma vez que possui reservas de produtos agrícolas e oferta de produtos industriais suficientes. Segundo a agência de notícias China News, Yao observou também que a apreciação do yuan pode minimizar parte das pressões da inflação importada, mas que se a moeda subir muito as exportações poderão ser atingidas, resultando em aumento do desemprego.

Zhang previu que a crise na Líbia e o terremoto no Japão terão um grande impacto nas exportações da China e o superávit comercial chinês provavelmente recuará dos US$ 183,1 bilhões do ano passado. O terremoto do Japão também deve afetar a cadeia de abastecimento de companhias chinesas, afirmou o Zhang. O CPI chinês subiu 4,9% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado, mesma variação de janeiro e superior à meta de 4% do governo para 2011. As informações são da Dow Jones.

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