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China tenta reverter pressão comercial e fala em benefícios para economia global

O governo da China defendeu nesta quinta-feira seu desempenho comercial como algo favorável para a economia global, numa nova tentativa de reverter pressões dos EUA e da Europa sobre acesso a mercados e políticas para tecnologia.

Em relatório, o Conselho Estatal – ou gabinete chinês – repetiu promessas de cortar tarifas e abrir mais indústrias a investimentos. Por outro lado, o gabinete não fez referências sobre queixas referentes a planos de Pequim de criar grandes empresas globais de tecnologia que estão no cerne da crescente disputa comercial com o presidente dos EUA, Donald Trump.

O crescimento da China “trouxe grandes oportunidades para parceiros comerciais no mundo inteiro”, comentou o vice-ministro de Comércio chinês, Wang Shouwen, durante coletiva de imprensa.

O relatório destaca o conflito entre a insistência de Pequim em afirmar que tem honrado promessas de abrir seus mercados desde que passou a integrar a Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001, e argumentos de Washington, Europa e outros de que a China bloqueia de forma indevida o acesso a indústrias em ascensão e que rouba ou pressiona companhias estrangeiras a repassar tecnologia.

Ao ser perguntado sobre possíveis planos dos EUA de restringir investimentos chineses em empresas de tecnologia, Wang respondeu: “Esperamos que os países envolvidos façam a coisa certa e adotem políticas que apoiem o livre comércio e investimentos”.

O documento publicado hoje foi a tentativa mais recente do presidente chinês, Xi Jinping, de desfazer pressões para mudar sua tática de desenvolvimento, ao ressaltar os benefícios de se fazer comércio com a China, segunda maior economia do mundo.

Nas últimas semanas, Trump ameaçou tarifar até US$ 450 bilhões em produtos chineses, em parte temendo que os planos da China sejam uma ameaça à liderança dos EUA em tecnologia e à prosperidade de seu país. A China tem tentado cooptar a Europa como aliada na disputa, mas enfrenta queixas da Alemanha e de outros governos locais por impedir compras de ativos chineses, num momento em que suas próprias empresas estão engajadas numa onda global de aquisições. Fonte: Associated Press.

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